O tema da palestra é mostrar como a tradição extremo-oriental veiculada por Confúcio (551-479a.C.) remonta a uma Antigüidade portadora de uma sabedoria divina, preservada e ao mesmo tempo corrompida nos tempos posteriores, e que a chamada escola confuciana cuidou, naqueles tempos de extremo caos político-social, de fixar e transmitir por sua vez à posteridade, e que por mais de dois milênios tem se constituído na unidade cultural do povo chinês. 

Dia 12 de junho (3ª-feira):

9h: Conferência de abertura
“AIRES BARBOSA, professor, pedagogo, poeta e patriarca do helenismo ibérico”
Prof. Dr. Sebastião Tavares de Pinho (Universidade de Coimbra)

10h30: Concerto de abertura
Il Dolce Ballo
(música renascentista com réplica de instrumentos da época)

14h às 17h: Aula aberta (Conhecimento de latim recomendado)
“Leitura, comentário e tradução de textos da Obra Poética de Aires Barbosa”
Prof. Dr. Sebastião Tavares de Pinho (Universidade de Coimbra)

Dia 13 de junho (4ª-feira):

10h: Conferência
“Petrarca e as metáforas animais como recurso vexatório”
Profa. Dra. Bianca Fanelli Morganti (Universidade Federal de São Paulo)

11h: Conferência
"He cals her the soule of the Night": as glosas de George Chapman em The Shadow of Night (1594)
Profa. Dra. Lavinia Silvares (Universidade Federal de São Paulo)

14h: Conferência
“Erasmo, barbari e indocte docti: os modelos clássicos e o ensinamento cristão”
Profa. Dra. Elaine Cristine Sartorelli (Universidade de São Paulo)

15h: Comunicação
“Retórica Cristã e Retórica Clássica: Como Falar no Renascimento?”
Fernando Gorab Leme (Universidade de São Paulo)

16h: Conferência
“A obra poética neolatina de Antônio de Gouveia e a imitação dos clássicos”
Prof. Dr. Ricardo da Cunha Lima (Universidade de São Paulo)

17h: Comunicação
“Uma análise intertextual do poema “Adônis” do humanista Antônio de Gouveia”
Silvia Helena Campanholo (Universidade de São Paulo)

Dia 14 de junho (5ª-feira):

10h: Conferência final (em francês)
« La notion de douceur dans l’œuvre de Giovanni Pontano (1429-1503) : Idéal esthétique et enjeux éthiques dans l’œuvre latine d’un humaniste au cœur de la cité »
Profa. Dra. Hélène Casanova-Robin (Universidade de Paris - Sorbonne)

14h às 17h: Aula aberta (Conhecimento de latim recomendado)
« Entre expression de soi et implication dans la cité : la poésie de Giovanni Pontano (1429-1503) »
Profa. Dra. Hélène Casanova-Robin (Universidade de Paris - Sorbonne)

1. Marlen Eckl:
“O paraíso perdido – a figuração do nazismo, do exílio no Brasil e da política do regime Vargas nas peças de teatro Samba e Makumba, de Ulrich Becher.”

2. Celeste Ribeiro de Sousa:
“O tamanho da ferida Versailles. Robert Weber e o seu Conto de Natal”;

3. Jefferson Corredor:
“Der Tisch Gottes - A História do Brasil na ficção de Wilhelm Wustrow”;

4. Alceu João Gregory
“As artimanhas da propaganda no processo de imigração alemã em Jedem sein Paradies, de Otto Grellert”.

Resumos:

1.  “O paraíso perdido – a figuração do nazismo, do exílio no Brasil e da política do regime Vargas nas peças de teatro Samba e Makumba, de Ulrich Becher.”

Marlen Eckl

O objetivo desta palestra é ilustrar o uso que Ulrich Becher faz dos elementos da cultura afro-brasileira como meios de encenação para configurar de maneira extraordinária a metabolização literária de sua experiência do exílio no Brasil, onde achou refúgio, sob o governo de Getúlio Vargas. Ritos afro-brasileiros, o carnaval, o samba, são instrumentalizados para veicular mensagens políticas de resistência ao nazismo a seus espectadores de língua alemã.

2. “O tamanho da ferida Versailles. Robert Weber e o seu Conto de Natal”

Celeste Ribeiro de Sousa

Dentro da moldura de um conto de fadas e a partir da alegorização da Paz de Versailles, transformada em criança sequestrada por um Tratado, Robert Weber leva aos seus leitores (mirins) teuto-brasileiros uma releitura da História, vista da perspectiva alemã.

3.  “Der Tisch Gottes - A História do Brasil na ficção de Wilhelm Wustrow”

Jefferson Corredor

Esse trabalho tem como objetivo analisar aspectos do registro histórico nas narrativas e poemas de Wilhelm Wustrow. Partindo do pressuposto de que o texto literário trabalha com a realidade social de modo a ressignificá-la, procuramos estabelecer como a produção de Wustrow serve à identificação de uma memória e de um ideário teuto-brasileiros do período pós-colonial. A perspectiva do autor sobre a sociedade de seu tempo pode ser definida principalmente por meio da ficção que tem como pano de fundo o dia a dia das colônias. Nela, pode-se entrever não apenas relatos de determinada época, mas também os valores, tradições e paradigmas compartilhados por colonos e seus descendentes. Pois, se por um lado, a produção escrita desses colonos se caracteriza pelo resgate de referências culturais alemãs e pela crônica da vida nas comunidades de língua alemã no Brasil, por outro, serve como retrato das tensões ideológicas e da organização simbólica presente na vida dessas famílias. Um estudo mais atento da obra de Wilhelm Wustrow permite que examinemos a relação entre a História e o imaginário teuto-brasileiro.

4.  “As artimanhas da propaganda no processo de imigração alemã em Jedem sein Paradies, de Otto Grellert”

Alceu João Gregory

O texto desta comunicação objetiva mostrar como Otto Grellert constrói em sua principal narrativa, Jedem sein Paradies, o caminho tortuoso que levou ao encontro de dois sonhos díspares: o do branqueamento da “raça” brasileira, pois, como afirma Mariza Correa, “antes de ser pensada em termos de cultura, ou em termos econômicos, a nação foi pensada em termos de raça”, e o sonho de emancipação dos camponeses de língua de alemã, encontro esse de consequências inesperadas.

- tipologia de atividades na sala de aula de língua estrangeira;
- pressupostos teóricos para elaboração de materiais didáticos;
- estratégias didáticas para o ensino de italiano como língua estrangeira.

http://journeecursoextra.blogspot.com.br/

8h20: Matériel et inscriptions : salle 266

8h40 – 8h50 : Ouverture : Eliane G. Lousada – Professeure – USP; Coordinatrice – Curso Extracurricular – Français - salle 266

8h50-9h50: Présentations coordonnées: L'interculturel en question: salle 266

9h50- 10h10: Pause-café

10h10-12h00: Ateliers: 1 et 2

12h00 – 14h: Déjeuner

14h-15h30 : Ateliers 3, 4 et 5

15h30- 15h50: Pause-café

15h50 - 17h20: Ateliers 6 et 7

17h20 – 18h: Table ronde: Foire aux questions: intervenants et participants

Consultez les titres, intervenants et résumés des ateliers et conférence ci-dessous. 

1. Alexandra Lauren Corrêa Gabbard
Libelo de sangue e o caso de Saint William de Norwich e suas repercussões em "The Prioress's Tale", de Geofrrey Chaucer

2. Alexandre Leone
Conceitos de Infinito na Tradição Judaica na Antiguidade, entre os Medievais e em Spinoza

3. Andre Oswaldo Valença Ribeiro
Quem é profetizante na Bíblia Hebraica?

4. Angelo Adriano Faria de Assis
Metamorfoses do "quase ser": resistência judaica na Modernidade ibero-americana

5. Barbara Odebrecht Weiss
O ensino da Shoá em Israel: questões preliminares

6. Bruno José Szlak
Chufsaht Kaitz e o silêncio da mulher

7. Candido Sousa da Silva
Considerações acerca do gênero na língua hebraica

8. Carmia Kotler
A escrita histórica nos livros de Reis e Crônicas

9. Carolina Alvino Fortes de Jesus
A mensagem do profeta Isaías referente à campanha de Senaqueribe

10. Carolina Sieja Bertin
Home? Where? Where? A contemporaneidade em The Shawl

11. Clarissa Feder
Complexo de “iídiche mame”: o hiperrealismo presente em “Dolly City”

12. Creso Nuno Moraes de Brito
Entre o novo ou o contínuo: O discurso da judaicidade entre os anussim recifenses.

13. Deborah Hornblas Travassos 
Os Judeus Messiânicos e Paulo de Tarso

14. Edson de Faria Francisco
Significados peculiares de termos massoréticos registrados no Códice de Leningrado B19a

15. Edson Magalhães Nunes Júnior
Poesia Hebraica Bíblica: a relação entre forma e conteúdo em Juízes 4 e 5.

16. Eliane Alves Leal
Caim de Saramago e a Lenda do Judeu errante: reflexões sobre a construção de um mito

17. Esther Szuchman
Identidade e lingua (gem) : O Idish e o Hebraico no contexto histórico da educação judaica no Brasil

18. Fernando Oliveira Santana Júnior
Linguagens fraturadas: representação da Shoáh nas poéticas de Paul Celan e de Leandro Sarmatz

19. Ilana Feldman
Os diários filmados de David Perlov: do privado ao político

20. Jayme Alves Moreira
"Como caíram os valentes": uma introdução ao gênero qinah

21. Jessica Sabrina de Oliveira Menezes
Memória e escrita: a dupla marca do povo judeu, em “A Chave de Casa”, de Tatiana Salem Levy

22. João Henrique dos Santos
“O Bom Príncipe” – os judeus do Brasil Holandês e Maurício de Nassau

23. Karina Santos de Oliveira
A proibição da representaçao da imagem humana na iconografia do povo de Israel no periodo bíblico

24. Kenia Maria de Almeida Pereira
Narrativas mitológicas e tradições judaicas: o mito do judeu errante na poesia de Vinícius de Moraes

25. Leonardo Feder
O olhar judaico em obras de fotógrafos contemporâneos

26. Leslie Evelyn Ruth Marko
Teatro em tempos do Holocausto: espaço de resistência contra a intolerância

27. Ligia Cristina Sanchez de Almeida
Genocídio Armênio: da história à "verdade" oficial

28. Ligia Nice Luchesi Jorge
Flâneur e blasé, fisiognomias da Modernidade na Tel Aviv de Yakov Shabtai.

29. Lilian Ferreira de Souza
Narrativas Femininas: Sobreviventes judias da Shoah radicadas no Brasil (1933-1945)

30. Lucia Chermont
Judeus em Higienópolis e a diversidade das formas de chegar

31. Lucius de Mello
Em busca dos gêmeos perdidos: Esaú e Jacó e Milton Hatoum no mitológico labirinto amazônico.

32. Magali Gomes Nogueira
A participação judaica na cartografia medieval: o atlas catalão.

33. Manu Marcus Hubner
Números na Bíblia Hebraica

34. Marcelo Maghidman
Aguilar e seu Discurso sobre a Significação das Letras Hebraicas

35. Márcio Henrique Muraca
O Judeu nas Crônicas de Guerra de Jorge Amado

36. Michel Gherman
A Educação Judaica no Rio de Janeiro e O Movimento Sionista: Entre Assimilação e Autonomia

37. Miriam Silvia Schuartz
Edmond Jabès e o último livro

38. Nanci Nascimento de Souza
Canções de Rua: projetando o discurso de resistência

39. Pedro Evaristo Conceição Santos
o 'evyon ("pobre") e o 'any ("pobre") dentro do livro de Deuteronômio

40. Perola Wajnsztejn Tapia
Ulysses em Israel: contextualização da saga joyceana em "O amante" de A.B. Yehoshua

41. Rafael Dias Minussi
Os padrões nominais do hebraico: estrutura, modificação e aprendizado

42. Renan Fernandes
As marcas da memória: História e antissemitismo em "O mundo que vi: minhas memórias" (1942), de Stefan Zweig

43. Saulo Henrique Justiniano Silva
David Reubeni e o Messianismo Judaico Português na primeira metade do século XVI

44. Sérgio Aguiar Montalvão
A Reforma de Josias e a prostituição homossexual ritual-Uma pequena visão sobre o extermínio dos rituais considerados proibidos

45. Sonia Goussinsky
E fez-se música: canto e instrumentos na Bíblia Hebraica

46. Tarsilio Soares Moreira
Tradução dos Salmos da NTLH

47. Carlos Augusto Vailatti
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na Tora.

48. Gilbert Isidore Levy
A matriz do poder totalitário: Reflexões sobre a Alemanha nacional-socialista

PROGRAMAÇÃO DETALHADA, ACESSE: http://www.cej.fflch.usp.br/programacao

De onde procedem os sobrenomes do Brasil? Qual o significado de Silva, Saraiva ou Paes? A conferência visa aprofundizar nas raízes identitárias da onomástica brasileira. Ao longo da palestra será explicada a origem dos sobrenomes brasileiros e explicado o significado de alguns dos antropônimos mais comuns do Brasil.